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7 pecados capitais: saiba quais deles podem afetar a sua franquia

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Franchising

9 min de leitura Cristiano Ritzel

Você conhece os 7 pecados capitais? Bem estabelecido no imaginário popular, todo mundo consegue citar pelo menos alguns deles de cabeça. Mas será que é possível traçar um paralelo entre esses conceitos e o mundo do franchising?

A Central do Franqueado preparou este artigo para refletir sobre os “pecados” que rondam o mundo das franquias, seja no que tange o papel do franqueador ou do franqueado. Vamos lá? 

O que você verá neste artigo:

O que são os 7 pecados capitais?

Independentemente de crença ou religião, boa parte da população já ouviu falar sobre os 7 pecados capitais. Talvez você não conheça todos de cabeça, mas, ainda sim, consegue citar alguns. De forma geral, eles representam 7 comportamentos básicos que trazem malefícios para a vida de quem os pratica, seja a nível ético, moral, prático ou — mais comum devido a sua origem religiosa — espiritual. 

Eles estão relacionados a sensações universais, às quais todos nós estamos suscetíveis. São elas: avareza, gula, inveja, ira, luxúria, preguiça e soberba. Os pecados podem ser vistos como a contraparte das virtudes, qualidades que constituem bons indivíduos, como humildade, generosidade, empatia etc. 

O surgimento e propagação aconteceram através da Igreja Católica durante a Idade Média, no século VI. E, desde então, consolidou-se cada vez mais na cultura popular, aparecendo e sendo adaptado para diversas filosofias ao redor do mundo e até mesmo dando origem a grandes obras do mundo pop — como a animação japonesa Seven Deadly Sins (Os Sete Pecados Capitais, em tradução livre). No cinema, o diretor David Fincher se aventurou a contar a história de um detetive que está investigando um serial killer que baseia os seus assassinatos nos sete pecados capitais. O filme Seven, Os Sete Crimes Capitais, também é um exemplo de como a cultura popular tem se apropriado do termo. 

Para resumir, o fato é que os 7 pecados capitais estão presentes no nosso dia a dia. Sendo assim, por que não utilizá-los para uma reflexão no mundo do franchising, um setor onde a natureza humana se aflora com tanto vigor que, muitas vezes, é o motivo do fracasso de empreendedores e marcas com potencial? 

Vamos entender os 7 pecados capitais como riscos para uma franquia e analisar onde e como podem aparecer no seu negócio. Desse modo, você será capaz de evitá-los e, com isso, manter a saúde da sua marca e alcançar o sucesso no mercado de franquias. 

Como os 7 pecados capitais podem afetar seu negócio?

Podemos começar analisando como cada um dos 7 pecados capitais pode afetar as operações do seu negócio. Para isso, separamos abaixo quais questões podem sofrer com esse impacto no mundo das franquias. Leia a seguir! 

Avareza

Avareza é sinônimo de ganância e está relacionada ao principal recurso do mundo dos negócios, aquilo que é o motivo do sucesso e do fracasso de todos que já se aventuraram pelo empreendedorismo: o dinheiro. 

Um ambiente de trabalho dominado pela avareza pode desencadear uma série de problemas. Um colaborador ou gestor avarento tomará todas as suas decisões baseadas no lucro instantâneo, muitas vezes passando por cima do planejamento e não respeitando fases necessárias de um projeto. Afinal, nem todo movimento empresarial funciona a curto prazo, certo?

Além disso, as franquias apresentam um diferencial em relação aos outros tipos de empresa: a padronização, a qualidade e a prestação de suporte. A partir daí, é possível afirmar que uma tomada de decisão que coloque em primeiro plano a lucratividade, pode acabar atrapalhando o desenvolvimento da rede.

Por exemplo, economizar em treinamentos para os franqueados, nas matérias primas e até mesmo na linha de produção, vai acabar diminuindo a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela franquia.

Gula

Apesar de muito interpretado como o pecado da fome, também pode ser entendido como um desejo excessivo por qualquer coisa. Nesse sentido, se assemelha à avareza. Entretanto, a avareza está relacionada exclusivamente ao dinheiro e seus benefícios, enquanto a gula é mais abrangente. 

No mundo dos negócios, então, a gula pode ocasionar comportamentos abusivos por parte de gestores e líderes, uma vez que estarão todos em uma competição por reconhecimento, oportunidades ou qualquer outra coisa relevante para o mercado em que atuam. Na prática, isso pode resultar no que chamamos de “puxada de tapete” e outras atitudes desonestas por parte dos responsáveis. 

Nesse sentido, se a franquia apresenta uma cultura organizacional em que a obsessão pelo sucesso é uma das prioridades, certamente o franqueador e os franqueados vão encontrar conflitos no ambiente de trabalho. Os problemas de relacionamento são os principais responsáveis pelo repasse ou falência das unidades franqueadas. Por isso, o franqueador precisa estar atento para manter um relacionamento saudável não só com os franqueados, mas também entre os colaboradores de cada unidade.

Inveja

A inveja dispensa apresentações e contextualizações mais específicas, não é mesmo? Todos sabemos do que se trata e, muito provavelmente, já a experimentamos alguma vez. Assim, não é difícil imaginar o estrago que ela pode causar em um ambiente de trabalho.

Colaboradores que invejam seus colegas estão a poucos passos de desrespeitá-los e, assim como no pecado anterior, pensar em movimentos para tomar seus lugares. Isso é uma prática desonesta e que acaba por intoxicar todo o setor em que ocorre. 

Ira

Conhecido como o pecado da raiva, pode acabar gerando um ambiente de trabalho hostil onde colaboradores podem desenvolver conflitos por coisas mínimas a qualquer momento. Um ambiente de trabalho dominado pela ira é um local que não preza pelo respeito ao próximo e permite atitudes grosseiras. 

Consequentemente, esse ambiente de trabalho não contará com o trabalho em equipe e a colaboração mútua necessária para um bom desempenho coletivo e individual. Nesse contexto, a tendência é que o setor em questão — ou a empresa toda, se for o caso — produza menos e não alcance os resultados esperados. 

Luxúria

Podemos dizer que a luxúria está entre a avareza e a gula. É a supervalorização de determinados recursos, mas a partir de uma lógica exibicionista. Isto é, enquanto a avareza parte apenas do acúmulo de capital, a luxúria trata esse acúmulo como uma oportunidade para ostentar. 

É muito fácil entender como esse pecado pode prejudicar sua empresa. Um gestor atacado pela luxúria tentará passar uma imagem não condizente com a realidade de sua empresa. Grandes exibições de poder podem acabar saindo caro para os cofres da empresa, que necessitam ser tratados com a maior honestidade e seriedade possíveis. 

Preguiça

Uma pessoa preguiçosa pode afetar diretamente uma equipe e sua produção, já que sempre deixará as coisas para depois, acumulando tarefas. Pior do que um colaborador preguiçoso, é uma equipe toda desmobilizada, uma vez que comportamentos inadequados para o ambiente de trabalho tendem a se tornar contagiosos. Assim, se não forem combatidos rapidamente, podem acabar comprometendo setores inteiros do seu negócio. 

Além disso, a preguiça pode motivar algum colaborador a procurar atalhos em suas demandas, pulando ou simplificando fases importantes para a produção. Dessa forma, operações relevantes para o bom funcionamento da empresa podem acabar defasadas. 

Soberba

A soberba está relacionada ao orgulho em excesso. Sua presença pode levar colaboradores e gestores à arrogância e à falta de respeito com seus colegas e funcionários. Dessa maneira, a soberba pode levar uma empresa aos níveis mais altos de descontentamento profissional, o que geralmente acarreta pedidos de demissões e outros tipos de problemas. 

Um chefe soberbo é a pior coisa possível para a moral de seu time. Ninguém irá se sentir motivado a produzir para quem lhe trata com desprezo e arrogância. Assim, aqueles que não saírem, com certeza entregarão menos do que o necessário para atingir as metas e objetivos da empresa e, com certeza, menos do que entregariam com um bom líder. 

4 dicas de como combater os 7 pecados capitais? 

Agora que sabemos como os 7 pecados capitais podem aparecer na sua empresa, vamos ver como combatê-los. A Central do Franqueado preparou 4 dicas para você evitar dificuldades na sua rede e manter a qualidade no ambiente de trabalho. Leia a seguir. 

1. Reforce as regras de convivência da sua empresa

Antes de tudo, é necessário que as normas de boa conduta sejam claras para todos. Com regras fixas, é mais difícil algum colaborador dar continuidade a sentimentos ou impulsos negativos no local de trabalho, uma vez que não deve colocar seu trabalho em risco. 

Assim, um trabalho alinhado ao RH da sua empresa pode ser o melhor primeiro passo. Conversas sobre o ambiente de trabalho e os colegas de setores, feedbacks semanais etc. são alguns dos recursos que podem ser utilizados. 

O franchising pressupõe um alto nível de segmentação, o que pode ser visto como vantagem e desvantagem ao mesmo tempo. Com lojas separadas, comandadas por pessoas diferentes, é mais complicado manter a padronização a nível comportamental, uma vez que pessoas reagem de forma diferente perante as mesmas situações. 

Entretanto, identificando o problema, a segmentação permite atacar o mal pela raíz. Assim, mantenha o controle dos processos na sua franquia, conheça seus colaboradores e faça questão de saber onde — e em que contexto — ocorrem os casos de indisciplina. 

2. Conte com os serviços de um psicólogo

A psicologia organizacional, área também chamada de comportamento organizacional, é um campo da psicologia referente à análise do comportamento humano dentro das empresas. A psicologia organizacional visa entender pensamentos e atitudes de indivíduos presentes no mundo dos negócios.

Desse modo, é fundamental que sua empresa conte com todo o aparato profissional para dar suporte aos seus colaboradores. Isto é, contratar um psicólogo especializado em comportamento organizacional, dar espaço para que o profissional analise o ambiente de trabalho da empresa e ajude da melhor forma possível na solução e prevenção de problemas sérios relacionados à conduta. 

3. Utilize estratégias de coaching

Você sabe o que é coaching? O coaching funciona a partir de estratégias de mentoria. Baseado em dinâmicas — muitas vezes autorais, idealizadas pelo prestador do serviço — de engajamento, o coach implementa um novo mindset nos colaboradores da empresa. 

Atualmente em alta, contar com esse serviço é uma ótima pedida para gestores que querem aumentar os níveis de engajamento interno e, consequentemente, elevar a produtividade no ambiente de trabalho

Por se tratar, como dito, de estratégias autorais e muitas vezes específicas para determinado contexto, é possível pensar em dinâmicas direcionadas aos 7 pecados capitais. Propor a reflexão sobre como esse conceito pode aparecer no ambiente de trabalho, pode ser uma ótima estratégia para conscientizar os colaboradores. 

4. Monitoramento constante

O monitoramento é fundamental em vários departamentos de uma franquia. Para prevenir os pecados capitais, o franqueador precisa estar atento ao que está acontecendo na sua rede. Indícios como baixo desempenho de uma unidade franqueada podem apontar um problema no engajamento do franqueado.

Um número alto de reclamações sobre uma determinada unidade franqueada também pode significar um problema na padronização e na qualidade. Em outras palavras, o franqueador precisa usar todas as informações disponíveis ao seu favor e, para isso, é fundamental manter tudo sobre controle.

E aí, gostou do conteúdo? Então continue explorando nosso site e saiba tudo sobre economia criativa no franchising! Boa leitura!

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Cristiano Ritzel

Redator em Central do Franqueado

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