Design thinking: saiba o que é e como pode ser uma arma poderosa para redes de franquias

No ambiente empresarial atual, marcado pela alta competitividade e resoluções rápidas, pensar em soluções baseadas na criatividade e pensamento coletivo deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade. Nesse contexto, uma metodologia chamada design thinking se tornou uma das principais armas para melhorar a tomada de decisões, a busca por conhecimento e também organizar ideias dentro de empresas. 

Para se ter noção, essa capacidade é tão valorizada que empresas buscam colocar pessoas criativas para cargos que exigem a tomada de decisões. Isso porque, mesmo que o gestor seja extremamente competente, talvez não consiga resolver situações de modo mais crítico. Dessa forma, cabe a empresa trabalhar em ações que sejam benéficas para o bem-estar de todos atuarem e cabe ao design thinking buscar atuar nessas ações. 

Ficou curioso? Então confira o guia que a Central do Franqueado preparou sobre o assunto. Não perca!

O que você vai encontrar neste artigo:

• O que é design thinking?
• Quais são as etapas do design thinking?
• Vale a pena investir em design thinking?
• Formas de fazer o design thinking
• Cases de sucesso em franquias
• Como aplicar o design thinking na sua franquia

O que é design thinking?

Você já ouviu falar em design thinking? Caso ainda não saiba, o termo é utilizado para se referir ao processo de pensamento crítico e criativo. Isto é, uma metodologia de solução de problemas onde, ao abordá-los, você começa a gerar e organizar ideias para encontrar a saída mais criativa e adequada no momento.

Uma questão que dificulta a compreensão do design thinking para muitas pessoas é pensar no conceito como um método específico — e não como uma forma de pensar soluções. Ou seja, ele não possui uma receita, apenas estimula novas formas de analisar situações.

Dessa forma, uma das propostas para o design thinking é que seja feito de forma coletiva e colaborativa, o que ocasiona na pluralidade de perspectivas, semelhante a um brainstorming. Afinal, não é surpresa alguma que duas cabeças pensam melhor do que uma, certo? Com isso, a pluralidade de ideias potencializa a solução de qualquer problema que a rede de franquias possa estar enfrentando. 

Em sua aplicação, o design thinking geralmente é utilizado por instituições para encontrar as soluções para inúmeros problemas, principalmente pensando no usuário ou consumidor. Assim, o método permite oferecer produtos e serviços de acordo com a real necessidade dos clientes, solucionando eventuais problemas já em sua raiz.

Para utilizar o método de design thinking, é preciso compreender que, como ele não possui uma receita, passa a ser mutável. É aí que mora a principal vantagem do design thinking — o fato dele poder ser adaptado para a necessidade da empresa que o utilizar. 

Quais são as etapas do design thinking?

Do ponto de vista prático, a aplicação do design thinking segue essa tendência de mutabilidade. Todavia, mesmo que não exista um modelo padrão para produção de um design thinking, ainda é preciso levar alguns pontos em conta. Isso porque, qualquer processo de qualidade precisa seguir algumas necessidades. 

Nesse sentido, agora vamos te apresentar quatro itens que são necessários para a estruturação do design thinking. Veja só:

Imersão 

Ao longo deste artigo, constantemente batemos na tecla de que um dos propósitos — se não o maior — do design thinking é encontrar soluções. Mas pense comigo: para descobrir formas de melhorar algo, é preciso encontrar primeiramente o problema, certo? 

Pensamos de forma prática: digamos que você esteja em busca de formas de melhorar a produção de sua franquia. Após um dado fornecido pela governança cooperativa, cabe a você fazer alguns estudos para encontrar mais itens relacionados e apresentar agravantes ao problema.

Agora sim: você tem um problema real, baseado em evidências, que lhe permite começar a ir mais fundo na busca por uma solução. É nesse momento que o design thinking pode ser útil!

Ideação 

Depois disso — compreender as necessidades que o seu design thinking precisa melhorar — chega o momento da ideação. A palavra pode parecer estranha, mas estamos falando de um processo bastante direto: identificar quais pontos devem ser alternados e quais não. Se o termo sugere ideias, então é a parte onde começamos a criar ideias para aplicar nas soluções.

No design thinking, podemos considerar essa a etapa mais importante. Assim como no brainstorming, aqui não existem opiniões erradas. Dessa forma, todas as opiniões e respostas devem ser respeitadas, independentemente do cargo, posição ou autoridade dentro da empresa. Mas cuidado: mesmo que estejamos falando de um ambiente sem quaisquer julgamentos, é essencial que o design thinking não vire bagunça.

Prototipação

Após criar e coletar as ideias, é chegado a hora de criar um filtro para decidir quais são as mais interessantes para serem utilizadas. Uma boa forma de evitar riscos, é apostar na criação de protótipos antes de colocá-las em ação. Isto é, realizar uma testagem em menor escala e com resultados palpáveis a fim de verificar o sucesso da solução.

Por exemplo, você está produzindo uma nova embalagem para um produto de sua franquia. Antes de enviar para a gráfica que fará em grande quantidade, você deve fazer apenas uma versão para ver se realmente ficará como o esperado. Se o assunto em questão é um serviço, você pode montar protótipos mais abstratos, como simulações ou representações gráficas que simulem as ações reais.

Desenvolvimento

Por fim, chegamos ao ponto de desenvolver a solução. Agora é o momento onde tudo é colocado em prática para funcionar. Caso seja o lançamento de um novo produto ou serviço, deve-se criar estratégias de marketing para divulgação. Sendo tal ação muito importante, só assim, o tempo investido para criação não será à toa. 

É através dessa divulgação, que deve ser apresentado ao público as vantagens do que está sendo oferecido. Entretanto, esse processo de mostrar os benefícios de algo deve ser corriqueiro e monitorado.

Vamos supor que, ao administrar uma rede de franquias de administração, você se depare com muitas reclamações de consumidores sobre a espera no atendimento.

Hoje em dia, todos os empreendedores devem valorizar o tempo da sua clientela, e ninguém quer perder vários minutos em uma fila, não é mesmo? Então, ao concluir que o problema é a espera para fazer o pedido, você tem uma ideia: tokens de atendimento. Eles são fáceis de usar e minimizam as filas. A partir daí, basta você passar pelas etapas do design thinking, como ideação e prototipação, aprimorando cada vez mais a sua ideia até chegar ao resultado final.

Vale a pena investir em design thinking?

Como mencionado no início desse texto, o mercado atual está mais competitivo do que nunca, o que torna a margem de erro ainda menor. Assim, o cenário indica que errar custa caro, então talvez você esteja se questionando se realmente vale a pena apostar suas fichas no design thinking. Por isso, você precisa saber algumas coisas.

Uma empresa sempre busca obter um retorno através de seus investimentos, e no caso do design thinking sua franquia vai ter esse retorno, principalmente porque para implementar esse método, os custos são realmente baixos. Além disso, é considerado uma grande vantagem competitiva. 

Ou seja, o design thinking pode ser uma arma poderosa para o sucesso da sua rede de franquias — talvez sendo até mesmo o combustível necessário para garantir a expansão do seu negócio! Com isso, por si só, o design thinking se torna uma estratégia a ser considerada, afinal, crescer é o principal motivo para se fazer franchising. 

É por conta disso que empreendedores optam por formatar seus negócios em uma rede de franquia. E para que tudo ocorra bem, são necessárias ações e estratégias que conquistem o mercado.

Outro ponto positivo, é ele ajudar no conhecimento organizacional da sua franquia. Como colaboradores de diversas áreas estarão unidos para o design thinking, isso resultará em uma maior proximidade e troca de conhecimentos entre eles. 

Por participarem desse processo, seus colaboradores também irão se sentir motivados a desempenhar seus papéis e o motivo é simples: eles se sentirão valorizados por terem a oportunidade de expor seus pensamentos e contribuir para melhorias. 

Formas de fazer o design thinking

Existem algumas boas formas de aplicar o design thinking dentro de uma franquia. Como você sabe, o design thinking é uma forma de encontrar soluções criativas para problemas, e também coletar novos pensamentos sobre algo específico.

Então, para tal método acontecer de boa forma, é preciso utilizar de algumas ferramentas para auxílio. Abaixo listamos três formas de incrementar seu design thinking. Veja:

Mapa mental 

Ótima forma de garantir a organização de ideias e pensamentos, o mapa mental pode ser útil. Através dele é possível deixar todo seu método design thinking mais organizado. Também, a ramificação do mapa mental possibilita que você visualize o desenvolvimento das ideias. A partir daí, é possível ter insights e até mesmo encontrar soluções que você não estava esperando.

Brainstorming

Já citado anteriormente, o brainstorm — também chamado também de chuva de ideias — é a reunião de diversas pessoas dando ideias para alguma coisa. Nessa forma de dinâmica grupal, todo mundo deve apresentar seus apontamentos, e por mais fora da casinha que seja, todos devem ser mantidos para ajudar no surgimento de novas ideias. 

Para fazer um brainstorming, antes de tudo você precisa apresentar o problema ou assunto para seus participantes. Além da necessidade de uma pessoa para comandar reunião que seja capaz de manter todos confortáveis para participar.

Uso dos clientes

Hoje, graças aos avanços tecnológicos e nas estratégias de comunicação, basicamente todas as empresas possuem chances de conversar diretamente com seus clientes. Por isso, uma boa alternativa para coletar soluções é, justamente, pedir a opinião dos seus clientes e feedbacks. 

Afinal, ninguém melhor para identificar os problemas na sua rede de franquias do que os consumidores, não é mesmo? Nesse sentido, invista em pesquisas de satisfação e incentive a clientela a deixar a sua opinião após consumir um produto ou serviço. A pesquisa pode ser feita por meio formulários na loja física ou online, pelo e-mail e redes sociais.

Case de sucesso no mercado

Mas você deve estar pensando, quais são cases de sucesso que usaram o design thinking no mercado? Confira a seguir:

Natura

A Natura é uma rede de franquias brasileira referência no mercado de cosméticos, tanto nacional como internacional. Fundada em 1969, a marca está presente em vários países como Argentina, México, França e Estados Unidos.  O desenvolvimento de produtos se preocupa em usar ingredientes naturais e orgânicos, evitando substâncias que prejudiquem a saúde e o meio ambiente.

Esta prática é conhecida no design thinking. Afinal, qualidade, eficácia e respeito ao meio ambiente são alguns dos seus princípios. Além disso, as embalagens sustentáveis e o investimento em inovação para desenvolver novos produtos estão alinhados com as estratégias de design thinking.

Natura

A Apple, empresa multinacional de tecnologia, fundada em 1976, também é um exemplo de como o design thinking pode ser um fator crítico para o sucesso de uma marca. No caso da empresa americana, o design thinking é aplicado, principalmente, no desenvolvimento dos produtos da maçã.

As soluções centradas no usuário, a intuitividade e a facilidade no uso são princípios que, alinhados ao design visual elegante e simplificado, proporcionam uma experiência única ao consumidor. Nesse sentido, o design thinking é aplicado desde as primeiras etapas de desenvolvimento dos produtos.

Como aplicar o design thinking na sua franquia

Agora que você já sabe o que é design thinking, quais suas vantagens e seus pontos importantes, chegou o momento de saber como aplicar na sua rede. Para iniciar a aplicação de seu design thinking é preciso ter um espaço para ser feito. 

Encontre um local confortável para elaborá-lo, o qual permita as pessoas se sentirem dispostas e motivadas. Isso afeta diretamente na motivação dos colaboradores. Porém, mais importante do que jogar ideias para os outros, é o que vem logo após isso: o debate. 

Isto é, ao final da exposição dos colaboradores, debater em grupo sobre qual a melhor opção para a situação que está sendo discutida. Porém, na etapa final do design thinking, é necessária uma cautela para analisar as respostas. Afinal, pensar fora da caixa demais também pode ser arriscado.

Todos os envolvidos devem opinar e verificar o que já foi feito, o que está sendo feito e o que poderia ser feito. É preciso levar em conta toda a situação que está sendo analisada. No caso também, se a ideia apontada como a melhor solução é racional para elaboração, caso não seja, é melhor focar em outra ação.

Também é preciso que você elabore uma forma de coletar as ideias e analisá-las. Dessa forma, é possível ver o que realmente pode funcionar e evitar retrabalho. Uma boa estratégia é contar com estatísticas para basear as propostas. 

Dica da Central do Franqueado

Algo muito comum no franchising são situações onde a rede de franquias está espalhada por todo o país. Embora seja um ponto positivo para a expansão da marca, pode dificultar o processo de comunicação e, muitas vezes, inviabilizar o design thinking com a participação dos franqueados da sua rede de franquias.

Lembre-se: o franchising é uma parceria, então manter as conversas apenas entre o franqueador e sua equipe pode não ser suficiente a medida em que a voz do franqueado também pode ser ouvida. É ele quem trabalha diretamente com os processos da rede e, assim como proposto pelo design thinking e estratégias similares, é capaz de trazer novas perspectivas sobre o problema em questão.

A Central do Franqueado entendeu a necessidade do mercado de franquias em estabelecer uma melhor comunicação interna, sempre em busca de otimizar o dia a dia da sua rede. Por isso, dentro da solução de “Engajamento” do nosso sistema para franquias, desenvolvemos funcionalidades para qualificar a comunicação com seus franqueados!

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