Saiba alguns dos riscos que sua franquia está sujeita
7 min de leitura Iury Casartelli
Riscos empresariais são incertezas que podem se materializar em problemas, impactando negativamente a sua empresa. Como um bom empresário e gestor, gerenciar e reduzir os riscos é um esforço necessário em seu trabalho. No mercado de franquias também existem riscos, porém muitos empreendedores não se informam sobre eles. Para te ajudar, desenvolvemos este artigo com tudo o que você precisa saber sobre riscos no franchising.
O que você verá neste conteúdo:
- O que são riscos?
- Quais os riscos mais comuns no mercado de franquias?
- Conheça alguns exemplos de riscos
- Como é feita a análise de riscos financeiros?
O que são riscos?
Ao falarmos de gestão de negócios, um dos pontos mais importantes que deve ser abordado é em relação aos riscos empresariais. Quando erros e acidentes acontecem, a empresa perde em várias questões, como produtividade, finanças e, em alguns casos, prejudica sua imagem no mercado.
Entretanto, a notícia boa, é que as falhas podem ser evitadas por meio de conhecimentos e planejamentos. Assim, medir, controlar e prever são importantes passos para que o processos de trabalho sejam eficientes e a organização consiga manter seus sistemas otimizados.
Além disso, gerenciar riscos faz parte da vida de um empreendedor. A maioria das empresas de sucesso que conhecemos hoje são resultado dos riscos que um investidor correu no passado.
Quais os riscos mais comuns no mercado de franquias?
Você entendeu o conceito de risco, mas e quanto aos riscos mais comuns no mercado de franquias? Continue lendo para saber mais!
Demora para obter o retorno do investimento
Ao investir em uma rede de franquias, é importante que você tenha certeza sobre o retorno do investimento. Para isso, é preciso consultar informações fornecidas pela franqueadora. Normalmente, essas informações estão na Circular de Oferta de Franquia (COF).
Nesse contexto, é importante ter uma reserva de capital para manter a unidade da franquia em funcionamento até que ocorra o retorno financeiro. A partir daí, o franqueado terá menos preocupações pois saberá que a unidade está retornando o investimento inicial.
Vale lembrar que a demora para receber o valor do investimento de volta é comum em todos os empreendimentos. Portanto, não é uma exclusividade do franchising.
Dificuldades de adaptação
A dificuldade de adaptação do franqueado ao franqueador é um dos riscos que os investidores correm ao entrar para o franchising. Vamos supor que você tenha um pequeno comércio de roupas e decide vendê-lo. O dinheiro da venda é usado para abrir uma franquia de alimentação.
Ao entrar para este mercado, você começa a ter dificuldades com as exigências da franqueadora e da própria legislação. Afinal, um estabelecimento em que os clientes se alimentam precisa ter uma série de cuidados que um comércio de roupas não tem. Normas da vigilância sanitária, por exemplo, precisam ser atendidas.
Nesse sentido, o empreendedor que tem uma experiência prévia com outros tipos de negócio, pode encontrar dificuldades de adaptação. Lembre-se: as redes de franquia prestam suporte aos franqueados para que este período de adaptação seja sem complicações. Treinamentos, manuais de franquia e consultorias fazem parte deste procedimento.
Competição com outras unidades franqueadas
Antes de entrar para o mercado de franquias, é importante que você avalie se não há muitas unidades franqueadas da rede na região em que você pretende abrir o seu negócio. Por exemplo, vamos imaginar que você queira abrir uma unidade da rede McDonald’s em uma capital.
Porém, já existem 5 unidades franqueadas na cidade. Dependendo do tamanho da cidade, 5 unidades franqueadas é pouco, mas certamente vai existir concorrência entre elas. Por isso, fique atento quanto ao número de unidades franqueadas da rede que você pretende investir.
Conheça alguns exemplos de riscos que sua franquia não deve correr
Agora que você entendeu os riscos mais comuns no mercado de franquia, que tal conferir alguns exemplos de riscos que você deve evitar? Confira a seguir!
1. Fiscais
Os riscos fiscais dizem respeito às obrigações legais relacionadas às declarações e impostos. Um exemplo, é entregar a declaração com dados errados ou fora do prazo, ocasionando no recebimento de multa. Também, não emitir as notas fiscais de acordo com a lei, o que poderá fazer com que a empresa seja acusada de sonegação.
Para se livrar desse impasse, é imprescindível ter um Planejamento Tributário detalhado, a fim de definir os procedimentos do negócio para arcar com essas responsabilidades e estruturar os pontos perigosos. Ter a ajuda de um contador de confiança também auxilia a tornar a organização menos vulnerável a essas falhas.
2. Operacionais
Os riscos empresariais operacionais são definidos como aqueles decorrentes de falhas em processos internos, externos, de sistemas e de pessoas, que, em conjunto, constituem uma organização.
Eles são específicos a cada ambiente. Então, um posto de gasolina, por exemplo, tem o risco de explodir, se o combustível não for armazenado da forma adequada. Já um banco corre o risco de ser assaltado, se não houver um sistema de segurança eficaz.
Existem algumas formas de evitar tais ameaças. Uma delas é realizar um mapeamento dos processos, a fim de identificar aqueles pontos mais frágeis e, com isso, aplicar técnicas para mitigação. Neste ponto, é primordial que a empresa adote como padrão de comportamento organizacional ações de compliance.
3. Estratégicos
Aqui, o foco é no acompanhamento de fatores que prejudiquem o alcance dos objetivos estratégicos, os quais representam a sobrevivência e a sustentabilidade do empreendimento. Para isso, é recomendado que a empresa tenha as suas metas, a missão, a visão e os valores bem delineados. Já que, são esses aspectos nos quais ela se baseará para implementar todas as ações.
Uma metodologia que pode ajudar a sua empresa no desenvolvimento de uma gestão estratégica é a aplicação do método OKR. Pois ele de maneira simples permite que a empresa classifique suas prioridades. De acordo com a sua necessidade considerando metas individuais e alinhando-as com a estratégia macro do negócio.
4. Financeiros
À medida que o negócio cresce, mais complexa fica a sua gestão financeira. Enquanto no início, o próprio gestor consegue dar conta de fazer o equilíbrio das finanças sozinho, possivelmente, ele precisará de ajuda, quando o empreendimento estiver mais desenvolvido.
O objetivo é sempre fazer com que os ganhos sejam maiores que os gastos. Para isso, é imprescindível apostar no monitoramento constante. No fluxo de caixa, por exemplo, é necessário fazer a projeção adequada das entradas e saídas, a fim de que as operações estejam sempre no azul.
Isso porque é comum acontecer de os clientes realizarem compras parceladas e, antes que esses recursos entrem, a empresa precisar fazer pagamentos a fornecedores ou salário dos funcionários, por exemplo.
Os riscos financeiros têm relação com as operações financeiras de uma organização. Eles incluem os riscos provocados por uma má administração dos fluxos de caixa e os riscos ligados a retornos abaixo do esperado nas transações financeiras e nos investimentos.
Entre as possíveis causas desses riscos podemos citar:
- Administração financeira inadequada;
- Endividamento inadequado;
- Exposição a variações de câmbio ou taxas de juros;
- Operações de mercado ou investimentos com alto grau de incerteza sobre seus retornos;
- Baixa qualidade das informações que pautam a tomada de decisão.
O risco financeiro pode ser dividido em risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez e risco operacional.
Como é feita a análise de riscos financeiros?
A análise do risco financeiro é feita calculando o seu efeito potencial. Ele corresponde ao grau de exposição da empresa àquele risco específico. O método mais simples de cálculo do efeito potencial de um risco combina a probabilidade de ele ocorrer com as perdas financeiras. Outras metodologias incluem também a possibilidade de detectar o risco em tempo hábil para tomar medidas preventivas ou de correção.
A mensuração do grau de exposição da empresa ao risco é feita de forma quantitativa. No caso dos eventos com consequências sobre uma área, a estimativa do efeito potencial pode ser feita multiplicando a probabilidade da ocorrência com o cálculo da perda financeira que poderia gerar.
Essa comparação pode gerar um gráfico tipo função, que aponta quais riscos são toleráveis e quais colocam em perigo a saúde financeira de uma empresa. A tomada de decisões costuma ser feita considerando a projeção de cenários sobre as tendências de mercado e as variáveis financeiras.
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Redator em Central do Franqueado
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