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Franchising

Modelos de franquias: tudo o que você precisa saber

16 min de leitura Dario Ruschel


Guia do Franqueado

O franchising é um dos principais modelos de negócio disponíveis atualmente, tendo se consolidado há décadas no mercado nacional e internacional. Seu sucesso se deve à possibilidade dada aos investidores de começar a empreender com uma marca forte e bem estabelecida no mercado. Outro ponto é que o modelo tem se provado resiliente em momentos complicados, seja nas recorrentes crises econômicas ou eventos ainda mais complexos, como a pandemia de Covid-19.

Uma das razões para a força dessa metodologia é a forma dinâmica com que pode ser aplicada, já que são vários os modelos de franquias. Isto é, existem diversas estratégias de implementação de unidades, que devem sempre ser pensadas e adaptadas a partir do plano de expansão da rede. Visando te auxiliar no processo de planejamento, a Central do Franqueado preparou este guia completo com todos os modelos de franquias disponíveis para você.

Quer dominar o assunto para tomar as melhores decisões possíveis? Leia até o fim! 

Veja o que vai encontrar ao longo deste artigo:

O que são modelos de franquias e como se classificam?

Como dito, o franchising pressupõe diferentes estratégias de implementação. Você já deve ter notado que um McDonald’s pode aparecer em sua forma mais tradicional no centro de uma cidade ou, ainda, em versões adaptadas, como — por exemplo — um quiosque de shopping center. Porém, suas características sempre serão as mesmas. A identidade visual, o cardápio e os sabores precisam ser exatamente iguais em qualquer lugar do país: isto se chama padronização. Claro, em alguns países, como a Índia, a carne bovina é sagrada e portanto os lanches vão usar carne de frango ou de porco, para respeitar a cultura indiana e manter a franquia em serviço. 

Isso quer dizer que os modelos de franquia adotados nesses pontos de venda são diferentes, mas o modelo da loja não é a única coisa que pode assumir formas diferentes nessa operação. O que, então, define a estratégia adotada no processo de implementação dessas lojas? Antes de tudo, é importante saber que o sistema de franchising pode ser segmentado de quatro maneiras: geração, localização, natureza da atividade e remuneração.

É muito interessante se informar sobre as possibilidades que existem neste ramo, pois isso facilita muito na hora de decidir sobre os rumos da sua franquia. Entender os modelos de negócio existentes, assim como suas características, facilita o planejamento estratégico e possibilita ao interessado saber em qual categoria sua empresa se encaixa de forma mais adequada.

Quer saber tudo sobre essas classificações? Então continue lendo! 

Os modelos de franquias de acordo com a geração

O que chamamos de “gerações” do franchising podem ser segmentadas de acordo com o amadurecimento e nível de exigência do franqueado e franqueador. Desse modo, existem hoje no mercado seis gerações de franquias segundo o nível de evolução, desenvolvimento e profissionalismo de cada rede. Vamos conferir de forma mais detalhada cada um desses níveis a seguir. 

Franquias de primeira geração

Esse é o sistema precursor do franchising e também é chamado de franquias de marca e produto. Essa franquia consiste na distribuição de produtos ou serviços sem exclusividade

Ou seja, neste tipo de franquia, o foco do relacionamento entre franqueador e franqueado se dá no fornecimento, pelo franqueador, de produtos ou serviços, que são revendidos pelos franqueados a terceiros e na utilização da marca com esta revenda.

Os produtos de redes de primeira geração, por não serem distribuídos exclusivamente para lojas da marca, podem ser encontrados em diversos locais. Um caso de sucesso nesse modelo de franquia é a Kodak, que atua no ramo dos equipamentos fotográficos. 

A marca possui lojas próprias, administradas por franqueados, mas alguns de seus produtos — como filmes de fotografia — podem ser encontrados em negócios de terceiros. 

Franquias de segunda geração

Estas também são chamadas de franquias de marca e produto, porém de segunda geração. O que diferencia esta da que falamos anteriormente é que, na segunda geração, os produtos vão ser encontrados pelo consumidor apenas em lojas com a marca do franqueador. Ou seja, de forma exclusiva.

Na maioria das vezes, nesse modelo, o franqueado precisa comprar a mercadoria do franqueador com royalties e taxas de promoções embutidas. São exemplos as franquias Casa do Pão de Queijo e O Boticário.

Franquias de terceira geração

Também chamadas de franquias de formato de negócio, permitem que, além da licença de uso da marca, o franqueador repasse know-how operacional para os franqueados. Cria um forte espírito de parceria entre as duas partes da rede.

Neste tipo de franquia, todos os métodos, processos e sistemas são previamente desenvolvidos e testados pelo franqueador. Só depois disso é que ele transfere o conhecimento obtido para o franqueado através de treinamentos, manuais, consultorias de campos etc. A Rede Mister Pizza é um bom exemplo desse modelo.

Franquias de quarta geração

Com maior qualidade e quantidade de serviços prestados, também são chamadas de franquias de rede de aprendizado contínuo. Permitem a participação ativa dos franqueados no processo de tomada de decisões e têm padronização baseada na motivação da rede.

No geral, oferecem grande assistência na operação do negócio. Uma marca que se encontra neste estágio de evolução ganha mais agilidade na solução de problemas e o desenvolvimento constante de diferenciais competitivos. Contudo, nesse modelo, a padronização está mais fundamentada na conscientização e motivação da rede do que em estabelecer regras rígidas que não podem ser adaptadas.

A Yázigi, que faz parte do ramo de escolas de idioma, é um ótimo exemplo de franquias de quarta geração. Por ser um ambiente educacional, a marca necessita de certa flexibilidade para funcionar de acordo com as perspectivas pedagógicas das pessoas que trabalham na escola.

Franquias de quinta geração

Pode ser considerado o último nível desta classificação. São as chamadas franquias sociais. Nesse modelo, o franqueado tem garantia de recompra pelo franqueador, que detém o ponto comercial. Podem ser disseminadas em diferentes locais e envolver o trabalho de diversas pessoas e organizações. 

Um bom exemplo é o já mencionado McDonald’s. A maior marca do ramo alimentício do mundo, com mais de 38 mil unidades espalhadas por 120 países, conta com operações imensuráveis. Franquias desse cacife são enquadradas neste modelo. 

Franquias de sexta geração

As franquias de sexta geração são aquelas que usam as melhores técnicas e ferramentas para otimizar suas operações e aperfeiçoar suas redes de negócios. Assim, funciona mais como um conceito do que um nível propriamente dito. 

Alguns autores também conceituam franquias de sexta geração como aquelas que levam em consideração os aspectos da sustentabilidade empresarial na hora de fazer o planejamento estratégico do negócio.

Se uma franquia se encaixa ou não neste nível, varia muito de especialista para especialista e seus critérios. Todavia, é justo atribuir este modelo às maiores franquias do mundo.

Os modelos de franquia de acordo com a localização geográfica

A atuação geográfica do franqueado é outra característica que pode classificar modelos de franquias. Podem ser: unitária, múltipla, regional, de desenvolvimento em área e master.

Franquia unitária

A franquia unitária é fundamentada na permissão de abertura para apenas uma unidade, com atuação exclusiva em local determinado pelo franqueador. Lojas em shopping centers são um bom exemplo desta modalidade. 

O franqueador cede o direito de franquear ao franqueado, exigindo exclusividade de atuação no local que for determinado. Assim, nenhum outro franqueado poderá abrir uma unidade da mesma franquia no mesmo ponto. Um exemplo? Uma loja de franquia em um shopping: perceba que nunca vão existir lojas repetidas dentro do mesmo estabelecimento.

Franquia múltipla

Quando o franqueado possui mais uma franquia unitária e pode formar sua própria rede local ou regional de franquias. Funciona como o processo de expansão natural do nível mais básico.

Embora este modelo pressupunha um crescimento em determinada região, não pode ser confundida com a franquia regional. O ideal talvez seja percebê-lo como um nível intermediário entre o modelo unitário e o regional.

Franquia regional

Licencia determinada região para o franqueado e, assim, permite que desenvolva vários estabelecimentos comerciais dentro dessa delimitação. Assim, pode fazer contratos individuais sob sua responsabilidade. Oferece exclusividade regional, evitando a concorrência entre franqueados de uma mesma rede.

Sem concorrência regional, os franqueados da mesma rede evitam disputar os clientes. Isto significa que existe uma concentração de consumidores nas franquias existentes, portanto, maior faturamento e melhores chances de tornar um empreendimento um sucesso. Também, a menor concorrência faz com que a franquia se torne uma referência no mercado regional, criando quase um monopólio. Afinal, não existiriam outras unidades oferecendo o mesmo produto ou serviço.

Franquia de desenvolvimento de área

É a cessão de direito para exploração de uma determinada região, onde o franqueado abrirá mais de uma unidade em um determinado espaço de tempo. O desenvolvedor de área receberá parte do valor cobrado a título de taxa de franquia e royalties.

Neste tipo de franquia, o franqueado, empreendedor, precisa calcular as taxas e royalties, também o faturamento da sua unidade, para saber se as taxas e royalties não serão muito altas e difíceis de pagar, o que pode levar a problemas financeiros no futuro. 

Franquia master

A franquia master é um modelo geralmente adotado nos chamados Planos de Internacionalização de Franquias e em países de grandes dimensões territoriais. Dá ao franqueado o direito de implementar mais de uma filial em determinada região. 

O master franqueado assina um contrato que lhe dá o direito de implantar ou terceirizar outras unidades franqueadas em determinada região, recebendo parte do valor da taxa de franquia e dos royalties cobrados dos franqueados.

Os modelos de franquia de acordo com o ponto comercial 

Com regras próprias, as franquias também podem ser classificadas quanto ao seu ponto comercial. Conheça mais abaixo:

Franquia combinada

Como o próprio nome sugere, existe uma integração nesse modelo. Funciona assim: o franqueado que já possui uma franquia e deseja incorporar outras no mesmo ponto comercial. Assim, dois ou mais franqueados instalam juntos as suas unidades. As franquias geralmente são similares e a integração oferece vantagens competitivas. Exemplo: postos de combustível que também vendem alimentos.

Franquia comercial

A produção é exclusiva do franqueador. Já o franqueado tem a responsabilidade de distribuir esses mesmos produtos nas áreas determinadas em contrato. Exemplo: redes de cosméticos e vestuário. Neste tipo de franquia os problemas de padronização são reduzidos. Afinal, a produção é de inteira responsabilidade do franqueador. Então, erros que os franqueados possam cometer que prejudiquem a marca, certamente não vão acontecer. 

Franquia de serviço

Muito parecida com a franquia comercial, se difere dela porque ao invés da padronização dos produtos, o franqueador licencia o know-how da prestação de serviços e uso da marca. Exemplo: redes de hotelaria. Aqui o poder da marca é ainda maior. Principalmente pela estrutura oferecida por um hotel. Geralmente, os edifícios de hotéis podem ser vistos a quilômetros de distância, dependendo da forma como forem construídos. Nesse sentido, redes de hotelaria, por exemplo, chamam a atenção de viajantes e de todos que passam ao redor.

Franquia individual

É uma franquia que não divide espaço com outras franquias e o franqueado deve prestar exclusividade para apenas uma marca. O ponto comercial é escolhido especificamente para determinado tipo de franquia. Exemplo: redes de fast food.

No mercado de franquias, existe a possibilidade de um franqueado ter contrato com várias marcas. Porém, algumas exigem dedicação exclusiva do franqueado. É o caso das franquias individuais. Por isso, se você, empreendedor, optar por investir em uma franquia individual, saiba que precisará obrigatoriamente se dedicar somente à marca escolhida.  

Franquia industrial

Na franquia industrial o franqueador tem a patente de um produto, registro da marca e know-how da produção. Transfere, então, para o franqueado a tecnologia usada para a produção e comercialização. Oferece ainda assistência técnica para garantir a padronização dos produtos licenciados. Exemplo: franquias de construção

Franquia “shop in shop”

Nesse modelo o empresário pode usar seu negócio e incorporar uma franquia, aproveitando assim seu ponto comercial. Exemplo: uma papelaria com uma franquia dos Correios. Recentemente, comércios têm feito parcerias com o Mercado Livre, por exemplo, para receberem encomendas. Neste sentido, o público-alvo aumenta. Afinal, mesmo que a loja mantenha a concentração em suas atividades presenciais, sites como o Mercado Livre pagarão taxas para que consumidores que ainda preferem comprar pela internet mantenham as vendas. Também, ao entrar na loja para retirar um pedido comprado online, o marketing pode convencer o consumidor a adquirir produtos e serviços da empresa.

Em outras palavras, você atrai mais clientes para o seu estabelecimento quando cria estratégias com outras empresas, principalmente as de tecnologia, como o Mercado Livre.

Microfranquia

Caracterizadas pelo baixo investimento inicial, têm também baixo custo operacional e uma operação simplificada. Suas atividades podem ser exercidas tanto em ponto comercial, como na própria residência do franqueado – muitas microfranquias possuem modelo home based. Isto é, o franqueador ou franqueado vai trabalhar em casa. Durante a pandemia, este modelo de franquias era uma alternativa para os empreendedores. Hoje, com o alívio das restrições. 

Os modelos de franquia segundo a remuneração do franqueador

Existem três modelos de franquias baseados na remuneração do franqueador: franquia de distribuição, mista e pura. Vejamos as particularidades de cada uma. 

Franquia de distribuição

Neste tipo de franquia, geralmente não há royalties e taxa inicial. O franqueador possui sua remuneração básica através dos produtos que forem vendidos.

Franquia mista

É o modelo de franquia mais utilizado atualmente. Nele, o franqueador cobra do franqueado as taxas de fornecimento de produtos, royalties e taxas de franquia.

Franquia pura

Na franquia pura, o franqueado obtém sua renda a partir dos royalties e das taxas de franquias pagas pelos franqueados. Normalmente, o franqueador não entra como fornecedor.

Como escolher o melhor modelo de franquia para a sua rede

As opções são muitas, isso é um fato. Mas a escolha não pode ser feita de maneira livre, sem uma grande estratégia por trás. Assim, preparamos para você 3 dicas de como escolher o melhor modelo de franquia para a sua rede. 

1. Pense no planejamento estratégico

O planejamento estratégico é, antes de tudo, uma bússola dentro do seu negócio. Conhecendo-o, você deve ser capaz de analisar qualquer questão com maior clareza e, consequentemente, tomar as melhores decisões. 

O planejamento estratégico, em linhas gerais, passa pelos seguintes pontos:

  • Diagnóstico: o primeiro passo é responder a pergunta “onde a empresa se encontra nesse presente momento?”. Com a resposta, idealmente você será capaz de esboçar um relatório geral sobre as operações, mas — para esse caso específico — principalmente sobre as metas e objetivos;
  • Missão: é uma declaração sobre a razão de ser da empresa. O que é? Qual seu propósito? Como pretende atuar? As respostas representam sua identidade e seus valores;
  • Prescritivos e qualitativos: por meio da utilização de instrumentos prescritivos e qualitativos, de acordo com tudo o que já foi estabelecido anteriormente, alinhado às operações correntes, a rede irá definir o passo a passo para alcançar os propósitos da missão, além das metas e objetivos;
  • Avaliação: é nesta fase que se verifica o andamento do planejamento estratégico e das ações da empresa rumo à situação almejada. É a contraparte do diagnóstico inicial.

2. Desenvolva um conceito

O planejamento estratégico é algo prático, que pode ser observado nas operações do dia a dia de uma empresa. Afinal, ele serve para nortear as decisões e o funcionamento da empresa. Entretanto, é necessário estabelecer conceitos e ideias mais subjetivas que desejamos inserir no imaginário do público. As grandes marcas não vendem produtos, mas conceitos. Assim, antes de decidir o modelo da sua franquia, você já deve ter uma ideia pré-estabelecida para tomar as decisões necessárias com ela mente. 

Se a sua marca quer ocupar um espaço dedicado a empresas mais formais e de alto padrão, por exemplo, de nada adianta você trabalhar apenas com franquias unitárias localizadas em shoppings. Então, desenvolva um conceito sólido desde o princípio. 

3. Faça auditorias operacionais

A auditoria operacional é uma ótima opção para analisar o funcionamento da empresa, visando buscar soluções para os problemas de otimização e desenvolver relatórios gerais sobre a marca. Desse modo, fazer auditorias pode ser muito útil para detectar pontos que passaram despercebidos anteriormente. Em suma, com esses três itens bem desenvolvidos, você terá as respostas necessárias para tomar decisões relacionadas ao modelo de franquia ideal para sua rede.

Como a Central do Franqueado pode te ajudar

Como vimos neste artigo existem diversos modelos de franquias existentes no mercado. Estabelecer uma operação de qualidade é algo muito complexo, mas infelizmente o trabalho não para por aí. 

Administrar e cuidar do processo de expansão de um negócio de sucesso é uma tarefa contínua que tende a dificultar cada vez mais. Mas a Central do Franqueado pode te ajudar! 

Você sabia que nós somos especialistas em tecnologia para o franchising e desenvolvemos um software especialmente para você que quer acelerar a expansão da sua rede de franquias?

O serviço de Expansão da Central do Franqueado conta com o Módulo CRM, responsável por automatizar etapas do funil de vendas, identificar gargalos e se comunicar com franqueados. Além disso, também inclui o Módulo Projetos, que vai acelerar a implantação de novas unidades e simplificar o gerenciamento de projetos na rede. 

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Dario Ruschel

CEO da Central do Franqueado


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