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Economia criativa: o que é e como aplicá-la no franchising

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Franchising

9 min de leitura Filipe Pacheco

O conceito de economia criativa se refere a negócios que desenvolvem produtos e serviços baseados na criatividade, inovação e tecnologia. Este setor é movido pelo capital intelectual e cultural, formando, assim, as indústrias criativas.

É inegável que a necessidade de inovação e criatividade no mercado tem impulsionado novos negócios. Além de novos surgimentos, a demanda do mercado por estes conceitos como guias, força que empresas tradicionais reinventem sua atuação para se manterem vivas. 

Dentro deste ambiente, surgiram negócios que buscam desenvolver o seu produto com base nestes princípios. Estes negócios estão ligados à economia criativa, que tem tomado cada vez mais espaço no mercado. 

No franchising, diversos segmentos ostentam a presença de redes essencialmente deste setor, o que gera inovação para o mercado. Por isso, a Central do Franqueado preparou este artigo completo sobre o tema: para te mostrar como a economia criativa funciona, quais suas vantagens e como se beneficiar dela. Não perca!

Confira o que você irá encontrar neste artigo:

O que é economia criativa?

O conceito de economia criativa se refere a negócios que desenvolvem produtos e serviços baseados na criatividade, inovação e tecnologia. Este setor é movido pelo capital intelectual e cultural, formando, assim, a indústria criativa.

Com grande ascensão desde o século XXI, a economia criativa tem tomado conta dos mercados como líder no processo de inovação. O setor é movido pelo progresso tecnológico e desenvolvimento de soluções para problemas demandados no mercado. 

Diante disso, se desenvolveu uma segmentação dentro da economia criativa, que diferenciava as atividades que compunham o setor. A separação foi feita entre 20 nichos, sendo eles: 

  • Animação;
  • Arquitetura;
  • Artesanato;
  • Artes Cênicas;
  • Artes Visuais;
  • Audiovisual;
  • Cultura Popular;
  • Design;
  • Entretenimento;
  • Eventos;
  • Games;
  • Gastronomia;
  • Literatura e Mercado Editorial;
  • Moda;
  • Música;
  • Publicidade;
  • Rádio;
  • Software aplicado à área;
  • Turismo Cultural;
  • TV.

Os negócios que compõem a economia criativa estão centrados em desenvolver produtos e serviços essencialmente criativos. Estes desenvolvimentos resultam em ideias e empreendimentos inovadores que solucionam problemas do mercado e dos consumidores. 

No franchising, existem alguns segmentos que trabalham frequentemente com o conceito Alguns deles desenvolvem seu modelo de negócio inteiramente sobre a ideia e outros aplicam conceitos do setor, como inovação e criatividade.

Confira abaixo os segmentos que estão ligados à economia criativa no franchising:

Esses segmentos apresentam diversas redes de franquias que trabalham diretamente com economia criativa. No entanto, também há redes em outros segmentos que têm envolvimento com este setor, como o de alimentação.

Como a economia criativa surgiu?

O conceito surgiu nos anos 90, quando o governo australiano desenvolveu uma série de políticas públicas para promover inovação no país. Na mesma época, o governo britânico também começava a desenvolver o conceito, baseando-se no desenvolvimento criativo da cultura para impulsionar a economia. 

No entanto, foi no ano de 2001 que o conceito obteve um profundo reconhecimento. O livro “Economia Criativa – Como Ganhar Dinheiro com Ideias Criativas”, escrito pelo autor John Howkins, explorou o assunto largamente, o que resultou em sua participação em diversos países no desenvolvimento deste setor. 

No ano de 2012, o Brasil criou a Secretaria de Economia Criativa, que era vinculada ao Ministério da Cultura. Este órgão desenvolveu diversas políticas públicas que visavam incentivar o desenvolvimento da economia criativa no Brasil.

Qual a importância da economia criativa para o mercado?

De acordo com os últimos dados levantados sobre a economia criativa no Brasil, o setor movimentou R$ 171,5 bilhões em 2017, o que representa mais de 2,6% do PIB nacional. O levantamento foi feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) em conjunto com o Senai e também apontou o setor como responsável pela geração de mais de 837 mil empregos formais. 

A economia criativa é o principal motor da inovação e criatividade no mercado. Por meio dela, é possível gerar solução de problemas e superar desafios enfrentados pela economia. 

Esta indústria é uma das promotoras e também reflexo da transformação digital nos mercados. Cada vez mais é exigido a capacidade de criar e empreender no mercado de trabalho, propondo mudanças e avanços. 

Em períodos de crise, a economia criativa é um pilar fundamental de sustentação e superação. A capacidade criativa do mercado lidera o desenvolvimento de transformação e adaptação. Isto impacta diretamente na forma como os mercados superam tempos difíceis e desenvolvem melhorias para a sociedade no geral.

Um outro estudo desenvolvido pelo British Council (Conselho Britânico) com apoio do SEBRAE, aponta que a expectativa é de que a economia criativa no Brasil atinja US$ 43,7 bilhões em 2021. Todas as expectativas apontam para a economia criativa como uma das principais responsáveis pelo crescimento econômico no país. 

No franchising não é diferente. A indústria criativa tem impactado positivamente para o crescimento do setor, tanto em faturamento quanto em número de unidades. 

Segundo o relatório de desempenho do franchising em 2019 feito pela ABF, o segmento de Comunicação, Informática e Eletrônicos teve um aumento de 5,1% no número de unidades. Sendo este segmento, um dos principais da indústria criativa no mercado. 

O relatório ainda apontou que este segmento e o de Serviços e Outros Negócios foram destaque no desempenho do mercado em 2019. Segundo a ABF, eles tiveram os maiores aumentos no faturamento entre 2018 e 2019. 

Fica evidente a influência da economia criativa também no mercado de franquias. Podemos concluir que o setor está se destacando crescentemente e promovendo evolução e melhorias para a economia em um geral.

Quais as vantagens da indústria criativa para o franchising?

Vimos a relevância que a economia criativa tem para o mercado e para o franchising. Diante disso, podemos destacar algumas vantagens que esta indústria pode proporcionar ao mercado de franquias. 

Inovação no mercado

Um destaque que é meio óbvio, porém é o mais relevante, é a capacidade criativa e de inovação deste movimento. Proporcionando essencialmente engajamento, transformação e evolução, a economia criativa gera, principalmente, renovação ao mercado. 

Desta forma, é vantajoso incentivar esse setor dentro do mercado de franquias. Afinal, quanto mais negócios inovadores e que gerem criatividade para o setor, maior o benefício recebido. 

Alta capacidade de adaptação

Como já mencionamos, negócios desenvolvidos pela indústria criativa tendem a ter capacidade de adaptação maior. Ou seja, em períodos de crise, a criatividade e inovação são os principais agentes de mudança. 

Ao incentivar negócios deste setor, o mercado todo acaba ganhando. Afinal, em períodos de recessão, é a capacidade de readaptação que movimenta o mercado e faz com que ache uma forma de se recuperar.

Diversificação do mercado

A economia criativa tem estado presente em diferentes tipos de negócio. Desde a arte até a tecnologia e, até mesmo, ambos convergindo. Por isso, o setor proporciona ao franchising maiores opções de negócio atuando em diferentes segmentos. 

Além de haver mais oportunidades para o empreendedor, também há diversificação de produtos. Com a inovação e a criatividade proporcionadas pela indústria criativa, o mercado ganha novos produtos, gerando mais nichos.

Isto atrai investidores que buscam negócios diferentes do convencional. Principalmente quando se trata das novas gerações, que buscam empreender em negócios inovadores. Assim, o mercado ganha em número e qualidade.

Como trabalhar com economia criativa?

O mercado para quem quer se interessa pela economia criativa e gostaria de se desenvolver profissionalmente na área vai além do já citado cenário artístico. Esse setor, contudo, precisa de profissionais de diversas áreas, desde administradores para empresas do setor cultural até marketeiros e profissionais da tecnologia da informação.

Como o número de empresas do setor cresce a cada dia, profissionais de quase todas as áreas conseguem se enquadrar dentro da economia criativa. Mas como se qualificar e trilhar uma jornada acadêmica visando este fim? Confira a seguir a lista de cursos de graduação que oferecem, de forma muito clara, oportunidades na área.

  • Administração;
  • Análise de desenvolvimento de sistemas;
  • Ciência da computação;
  • Design de interiores;
  • Marketing;
  • Design de produto;
  • Artes visuais.

Como promover a economia criativa no franchising?

Assim como qualquer indústria, a economia criativa enfrenta seus desafios para crescer no mercado. Isto requer esforços de toda a sociedade para a estimular em todos os setores da sociedade, fazendo surgir mais negócios na área. 

Para atrair esta indústria para o franchising e promovê-la é necessário trabalhar alguns princípios e iniciativas. Iremos falar sobre algumas delas abaixo.

1. Tecnologia como agente de mudança

Como já mencionamos, cada vez mais a relação entre economia criativa e tecnologia se estreitam. Para que uma evolua, a outra precisa agir como impulsionadora. 

É por este motivo que destacamos a necessidade de desenvolver a transformação digital no franchising. Quanto mais o mercado evoluir do ponto de vista técnico e criativo, maior será o espaço para a economia criativa se desenvolver. 

2. Atração de novos públicos

Junto com o processo de inovação por meio da evolução tecnológica digital, é preciso atrair empreendedores familiarizados com estas práticas. Uma boa forma é investir em campanhas de marketing que atinjam a geração Y, que se desenvolve cada vez mais como profissionais no ambiente digital. 

Isto proporcionará uma renovação nas mentes do mercado. Como consequência, novas redes baseadas no modelo criativo irão aparecer, novos gestores e investidores. 

Enfim, o franchising estará renovando quem mantém o mercado funcionando. Isto acontece através da troca de experiências entre novas gerações e antigas, alterando a mentalidade em prol do progresso e evolução. 

3. Educação do mercado

Para que as pessoas adotem uma ideia e a promovam é preciso que elas a conheçam. É por isso que há necessidade de educação do mercado, desenvolvendo o conceito de economia criativa e quais os seus aspectos. 

Algumas formas de promover essa educação são através de eventos do setor. Isso inclui feiras de franquias, convenções das redes, entre outros tipos de ambientes. Ao promover as ideias e incentivar os participantes do mercado, acontece a renovação de mentalidade e busca por adaptação a esse modelo. 

Gostou do conteúdo? Buscamos esclarecer as especificidades do mercado do franchising sempre com uma visão no futuro. Ou seja, buscando a evolução e melhoria constante das práticas e ações que cercam o setor. 

Se você busca continuar aprendendo sobre inovação e o futuro do mercado de franquias, acesse nosso conteúdo sobre feiras virtuais de franquias.

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Filipe Pacheco

Redator em Central do Franqueado

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