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Delivery: saiba como a pandemia da COVID-19 consolidou os serviços de entrega em franquias (e como implantá-lo em sua rede)

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Franchising

10 min de leitura Filipe Pacheco

Já não é novidade o quanto a pandemia do novo coronavírus impactou as nossas vidas. Seja no campo pessoal ou profissional, as marcas deixadas pela COVID-19 devem ser permanentes neste momento de restabelecimento e readequação de atividades corriqueiras do nosso cotidiano, como comer um lanche ou adquirir uma nova peça de roupa.

Nesse sentido, em decorrência das limitações sanitárias e as próprias dificuldades decorrentes da pandemia, serviços como o delivery (serviço de entrega) ganharam grande destaque no mercado. Se a popularização já era inevitável antes da COVID-19, a prática de enviar o produto direto a casa do consumidor foi potencializada pelo distanciamento social. Inclusive, o delivery já ultrapassou a barreira do segmento de alimentação, sendo adotado por muitas empresas como uma boa solução de comercialização.

Entre os modelos de negócios que encontraram no delivery uma solução para adequar seu funcionamento mesmo à distância, um dos setores mais afetados pela pandemia se destaca: o franchising. Quer saber como o delivery foi responsável por aumentar a venda de produtos e reduzir custos de operação da unidade mesmo com unidades físicas limitadas? Então confira este guia que a Central do Franqueado preparou sobre delivery no franchising!

Neste artigo você lerá sobre:

O que é delivery?

Todos sabemos o que é delivery. Não é necessário contar a história do modelo de entregas domiciliares ou qual a origem etimológica do termo para que você entenda que o produto sai de uma loja X com destino a sua casa na região Y. Afinal, delivery é sobre isso: estabelecimentos que oferecem a entrega de produtos diretamente na residência dos seus consumidores. Simples, não?

Todavia, hoje o conceito tomou proporções imensas devido a evolução tecnológica e, principalmente, as condições sanitárias enfrentadas durante a pandemia da COVID-19. Isto é, a pandemia ainda não acabou. Mesmo que você esteja lendo isso meses após a publicação, o mundo provavelmente ainda sente os efeitos de uma crise devastadora. Por isso, manter os cuidados será importante em ambientes empresariais, seja com o uso de máscaras, álcool em gel ou, neste caso, com o uso do delivery.

O “boom” do delivery no Brasil

Desde 2016, o crescimento no mercado de delivery se tornou referência quando falamos em tendências do mundo dos negócios. Isso é demonstrado em uma pesquisa do Instituto de Foodservice Brasil (IFB), que revelou um aumento de 23% em 2018 no Brasil. 

Segundo informações da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, o mercado apresentou um grande avanço em crescimento de vendas, sendo grande parte delas por meio de delivery. Para se ter noção, o principal aplicativo de delivery alimentício — o iFood — aumentou o número de pedidos de 8 para 20 milhões entre 2018 e 2019. 

Atualmente o serviço de delivery está cada vez mais sendo utilizado dentro dos negócios. Por conta disso, são inúmeros os estabelecimentos que oferecem a entrega de seus produtos — e mais: alguns que são ofertados apenas por delivery, como as dark kitchens e os restaurantes take-away

Hoje é possível adquirir livros, roupas, sapatos, produtos de limpeza e até mesmo itens de supermercados e serviço de lavagens de roupas. Ou seja, em um mercado tão vasto como o franchising, as oportunidades de aproveitar a facilidade, agilidade e qualidade que o delivery oferece não faltam. Afinal, o fato de não precisar sair de casa para comer, comprar uma roupa ou até mesmo fazer o mercado traz um conforto antes inimaginável ao público consumidor.

Quais os benefícios do delivery para franquias?

Agora que já sabemos o que o delivery está oferecendo ao mercado, precisamos falar especificamente sobre suas aplicações no franchising. Com a popularização do serviço, não é surpresa dizer que as entregas estão presentes no mercado de franquias há anos, pois diversas redes como Subway e McDonald’s são adeptos a ele. Ainda, como em vistos acima, também existem franquias que oferecem seus serviços apenas por delivery.

Do ponto de vista prático, as franquias que mais atuam com o serviço são as alimentícias — e algumas tiram mais de 40% do rendimento apenas por pedidos a distância (tendo como grandes auxiliares aplicativos como iFood e Rappi.

Além disso, o consumidor também mudou em decorrência das transformações do mercado — e vice-versa. Ambos crescem, mudam e se constroem em conjuntos, e hoje ele exige certos cuidados e possui preferências de compras. No caso do delivery, a modalidade se mostra cada vez mais atrativa para quem procura combinar a praticidade com a segurança, dois fatores presentes em um mundo acelerado e que enfrenta uma pandemia.

Por isso, empresas e franquias em geral precisam entender a necessidade que é criada no mercado. Não adotar alternativas que atendam todas as exigências desse novo cliente de um novo normal é aceitar a vitória da concorrência. E não se esqueça: o delivery é só uma das mudanças que vieram para ficar, afinal até mesmo fora do escopo da pandemia existem outras tendências de consumo que devem se consolidar como essenciais no médio prazo.

Desempenho do setor

Recentemente, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) revelou um aumento significativo no percentual de vendas realizadas através de canais de aplicativo de delivery, como o iFood e Uber Eats. O número, que em 2020 representava apenas 2,1% de todas as vendas do mercado de franquias, chegou aos 6,4%, um salto de 204%. Em 2022 e a consolidação das liberações sanitárias, o número caiu apenas 0,4%, mantendo o delivery como uma realidade no franchising.

Destrinchando esses números, podemos também dividir essas vendas em canais próprios e aplicativos externos. Em 2021, as vendas através de aplicativos próprios diminuíram de 0.7% em 2020 para apenas 0.2%. Isso demonstra uma maior adoção dos serviços externos, que justificam suas taxas ao tirar a responsabilidade das entregas das mãos das redes de franquias. Isso, além de minimizar gastos e a maior visibilidade, agiliza o processo de venda.

Por fim, dados da Statista, empresa especializada em dados de mercado e consumidores, revelam que o Brasil é responsável por quase metade do faturamento do delivery na América Latina, com o setor prevendo arrecadar aproximadamente 6 trilhões de dólares até o final de 2021.

Com o sucesso dessa implantação, o delivery deve se manter para o período pós-pandemia em setores como o de alimentação, um dos maiores prejudicados pela crise, que adotou fortemente o delivery e outros modelos complementares como dark kitchens e take-away. 

7 dicas para implantar o delivery

Até agora, vimos que a gama de segmentos que o delivery pode ser aplicado é vasta. Praticamente qualquer tipo de negócio pode oferecer entregas a domicílio, mas a marca deve conter alguns cuidados para obter um resultado positivo. Engana-se quem pensa que apenas disponibilizar a opção de delivery e uma boa divulgação será garantia de lucros rápidos. É preciso oferecer um serviço, acima de tudo, com qualidade.

No mundo do delivery são necessários alguns cuidados, pois só com eles é possível se tornar referência dentro de um setor tão extenso. Abaixo, listamos algumas dicas preciosas para quem pretende incorporar essa função em seu negócio, sendo ele uma franquia ou não.

1. Controle financeiro

Indiferente do negócio, algo muito necessário é um bom controle financeiro. É preciso estar atento aos seus gastos, tanto com clientes quanto fornecedores, e também suas vendas. Sendo assim, faça um controle de tudo que sair, especialmente ao considerar a forma de pagamento. Afinal, vendas por delivery geralmente são realizadas por cartão ou com intermédio de aplicativos que podem afetar o capital de giro. 

2. Agilidade nas entregas

Ao solicitar algo por delivery, todos esperam receber seu pedido o mais rápido possível. Dessa forma, o serviço de entregas precisa ser eficaz e evitar atrasos. Alguns aplicativos oferecem serviços próprios para isso, mas podem acabar custando um pouco mais. Nesse sentido, vale analisar o que vale mais a pena para sua franquia.

Ainda, no setor alimentício é preciso uma atenção redobrada sobre o tempo de entrega, já que a demora pode ocasionar em um lanche frio e com má aparência.

Outro fator importante são as embalagens que serão utilizadas, pois elas precisam ser resistentes. Com isso, o produto chegará em bom estado até o cliente, impedindo que seu transporte o deixe em má qualidade.

3. Saiba suas demandas

Ter conhecimento sobre o horário de maior procura de seus pedidos é, sem dúvidas, algo muito relevante. Isso ajudará a criar uma organização e preparação quando o serviço for muito solicitado. Além de que, assim, é possível deixar sua equipe melhor preparada.

4. Conte com um aplicativo

Contar com um aplicativo como suporte para os pedidos é essencial, principalmente, pela facilidade que ele oferece. Não são todos os clientes que gostam de fazer ligações, por isso, optam por pedirem através de um aplicativo. Mas lembre-se: o aplicativo pode ser próprio ou algum já estabelecido no mercado, isso vai variar conforme suas necessidades. Outro fator positivo é que, contanto que haja suporte, não haverá problemas como linhas de telefone congestionadas.

5. Profissionais responsáveis

Para oferecer um bom serviço, é preciso ter uma equipe de entrega confiável, pois isso afetará diretamente a sua relação com o cliente. Seus entregadores precisam ser eficientes e, mais que isso, precisam ter comprometimento em manter um padrão de qualidade alto. É necessário focar em uma entrega dentro do prazo estipulado e transportar o produto com cuidado.

Caso o empreendedor não veja necessidade de contratar uma equipe de delivery, pode ser uma opção adicionar um serviço para a empresa de forma terceirizada — como aquelas oferecidas pelo iFood, por exemplo. Entretanto, indiferente da escolha, é preciso manter um bom contato com os entregadores.

6. Tenha um cadastro de clientes

Uma forma para agilizar o processo de atendimento é manter um cadastro de clientes. Empresas armazenam dados como, nome, endereço e telefone e, com isso, podem oferecer brindes, promoções e ofertas a esse cliente fiel à marca. Além disso, conhecendo o cliente o pedido poderá ser feito na metade do tempo habitual, sendo mais ágil para o cliente e para o funcionário. Ou seja, além da agilidade, um cadastro também ocasionará em uma proximidade entre a empresa e o cliente.

7. Valor da entrega e região atendida

Duas dúvidas muito comuns ao implementar o delivery são a taxa de entrega e, especialmente no franchising, a região atendida, pois o franqueador não idealiza duas unidades franqueadas concorrendo. Logo ao implantar o serviço, é preciso pensar sobre a região que será atendida. 

É melhor focar em uma localização; de preferência, as mais próximas do local de seu negócio e cobrando uma taxa aceitável. Não é recomendado atender uma grande região e colocar preços altos de entrega, assim como também é preciso deixar claro que o valor da entrega não é incluso no pagamento do lanche, sendo apenas um serviço à parte.

Dica extra: comunicação com franqueados

Franchising é sinônimo de padronização. Já pensou a bagunça que seria se uma unidade utilizasse um aplicativo próprio, outra o iFood e a outra apenas o WhatsApp?! Isso com toda certeza acabaria confundindo a cabeça do público, gerando dúvidas e reclamações.

Por isso, plataformas online como a Central do Franqueado são ideais para gestão de rede e comunicação entre o franqueador e franqueados. Com nosso sistema para franquias, você garante a sincronia e o alinhamento das unidades franqueadas da sua marca. Assim, seu cliente estará satisfeito independentemente da unidade visitada. 

Quer saber mais? Venha bater um papo conosco! Teremos o prazer de apresentar nossa plataforma, criada para tornar mais prática e ágil a gestão de franquias. Esperamos você!

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Filipe Pacheco

Redator em Central do Franqueado

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